Cada vez se defende a ideia de que um modelo energético sustentável tem de se basear nas energias sustentáveis, quer estejamos a falar no combate ao efeito de estufa, quer na redução da dependência de fontes energéticas externas.
Vejamos o que cada uma das fontes de energia alternativa tem para oferecer num país como o nosso, rico em recursos naturais renováveis, como o sol, o vento, as ondas, entre outros.
ENERGIA SOLAR
A energia do sol pode ser explorada de diferentes maneiras:
- De forma passiva, em que a arquitectura dos edifícios vai tirar proveito do sol para o aquecimento da casa; O “solar passivo” apresenta-se assim, como uma das alternativas para melhorar a eficiência energética dos edifícios.
Esta eficiência energética pode-se dar, quer através da orientação do imóvel (ganhos directos): uma boa orientação, disposição interior das fracções e de elementos verticais transparentes com devida protecção (janelas, solários, clarabóias), que pode evitar até 20% das necessidades de aquecimento; quer através do isolamento térmico dos edifícios: construções em paredes duplas com isolamento intermédio, janelas com vidro duplo, e outro tipo de isolamentos são soluções que diminuem bastante as cargas térmicas, tanto de aquecimento como de arrefecimento, nos edifícios.
- De forma activa, em que, pelo uso de painéis solares, se vai aproveitar a energia do sol para aquecimento de águas, ou produção de energia eléctrica.
Pode-se aproveitar de forma activa a energia vinda do sol através de duas formas:
- Sistemas solares térmicos – aquecimento de águas e climatização; através de “colectores solares”, colocados, por exemplo, nos telhados dos edifícios e que transferem o calor do sol para um fluido que depois aquece a água.
- Sistemas solares fotovoltaicos – produção de electricidade, utilizando para isso, “painéis fotovoltaicos”. Nos sistemas fotovoltaicos a radiação solar é convertida em energia eléctrica por intermédio dos chamados semicondutores, que estão configurados em células fotovoltaicas e que ao receber a radiação solar, produzem uma corrente eléctrica. Os semicondutores feitos de silício são os mais usados na construção das células e o seu rendimento possível razoável é, actualmente, de cerca de 25-30%. A única desvantagem deste sistema produtor de electricidade é o seu custo ainda ser demasiado elevado para o seu uso em grande escala.
Embora no Verão a disponibilidade de sol ser consideravelmente superior à existente no Inverno, no nosso país existe, de uma forma geral, um grande potencial de aproveitamento deste recurso durante todo o ano. Depois da Grécia e da Espanha, Portugal é o país na União Europeia com maior potencial de aproveitamento de energia solar.
Com mais de 2300 horas/ano de insolação na Região Norte, e 3000 horas/ano no Algarve, o nosso país dispõe de uma situação privilegiada para o desenvolvimento deste tipo de energia que está ainda muito por explorar. Apesar de Portugal ter um clima parecido com o grego, existem apenas 225 mil metros quadrados de energia solar térmica, enquanto a Grécia tem 2,8 milhões de metros quadrados.
Já é comum verem-se pequenos painéis fotovoltaicos, por exemplo, em parquímetros e nos telefones SOS das auto-estradas mas a expressão da conversão deste recurso em energia eléctrica ainda é muito ténue, quer no nosso país quer a nível mundial.
ENERGIA EÓLICA
Há muito tempo que a energia do vento é aproveitada pelo ser humano. A diferença é que em vez dessa força ser transformada em trabalho (moinhos de vento), a aposta nos nossos dias vai para a produção de electricidade. Nos últimos anos, a melhoria tecnológica que se tem verificado e a proliferação dos parques eólicos tem levado mesmo a um crescimento exponencial da produção de electricidade a partir desta energia ecológica. Este é mesmo o tipo de energia que mais está a crescer, com uma média de 52% de aumento ao ano, entre 1971 e 2000.
O aumento tem-se dado, sobretudo na Europa, onde se encontra 74% do total da capacidade dos parques eólicos de todo o mundo. Segundo a Associação Europeia de Energia Eólica, cerca de 2% da electricidade consumida na Europa provém parques eólicos. A seguir encontra-se a América do Norte com 16% da produção mundial, depois a Ásia (7%) e o resto do Mundo com 3% dos parques eólicos.
A velocidade do vento é muito importante para determinar a energia que pode produzir com o gerador de electricidade - aerogerador. No entanto, tem havido um desenvolvimento nestes equipamentos de forma a conseguirem aproveitar velocidades baixas do vento para produzir electricidade, aumentando assim a sua capacidade de produção. Estes sistemas são desenhados para normalmente terem um período de vida de cerca de 20 anos.
- O primeiro parque eólico foi criado em 1988 nos Açores, mas actualmente a distribuição destas centrais abrange quase todo o território nacional com aproximadamente 150 MW de potência instalada até 2001.
O impacte paisagístico é um dos factores de conflito que muitas vezes estão associados a projectos de construção de parques eólicos. A projecção de parques em áreas protegidas como em zonas classificadas como Reserva Ecológica Nacional (REN) são outro factor desvantajoso a ter em conta, quer pelo impacto causado pela abertura de caminhos e perturbação de zonas sensíveis, quer pelo ruído da hélice do aerogerador (embora seja cada vez menor com o avanço da tecnologia), ou pela possibilidade das aves serem apanhadas pelas pás do equipamento. Daí a obrigação de se realizar de uma avaliação de impacte ambiental (AIA) e de se produzir à minimização dos respectivos impactes aos projectos que se queiram implantar em zonas ecologicamente sensíveis e protegidas.
ENERGIA HÍDRICA
As instalações hidroeléctricas, vulgo barragens são das infrastruturas de energias renováveis que mais energia produzem, correspondendo a 17% da electricidade de todo o mundo, situando-se à frente das centrais nucleares e ligeiramente atrás das centrais térmicas a gás natural.
Em anos chuvosos, a situação em Portugal também privilegia a energia hídrica, cobrindo um terço de toda a energia consumida.
Distinguem-se dois tipos de aproveitamento, dependendo da dimensão:
- Mini-hídricas: são instalações hidroeléctricas de pequenas dimensões com potências instaladas inferiores a 10 MW. Neste tipo de empreendimentos utiliza-se o desnível natural do curso de água para a instalação de uma pequena turbina. Note-se que este tipo de aproveitamento pode requerer o desvio de uma parte do caudal do rio durante uma determinada extensão.
- Grande aproveitamento: apresentam uma capacidade superior a 10 MW, sendo normalmente divididos em dois tipos consoante existe ou não capacidade de armazenamento dos caudais afluentes: centrais de albufeira, nas quais existe capacidade de armazenamento e centrais a fio de água, onde praticamente não existe essa capacidade, isto é, o caudal afluente são igual ao caudal turbinado e descarregado.
O potencial de aproveitamento de energia mini-hídrica está distribuído por todo o território nacional, com maior concentração no Norte e Centro do país.
Apesar de ser uma fonte de energia em que a sua produção não leva à emissão de poluentes atmosféricos, a energia hídrica acarreta outros impactes ambientais e sociais que fazem dela uma solução pouco interessante em termos de desenvolvimento sustentável. Entre esses impactes destaca-se as alterações que as barragens provocam nos leitos dos rios, quer em termos de poluição mais facilmente acumulável numa água parada, quer em termos de obstáculo físico à passagem dos peixes, nomeadamente daqueles que sobem o rio para a desova (ex. sável e truta). Além disso, um rio com uma barragem retém mais facilmente sedimentos, aumentando os problemas de erosão a jusante. Em muitas situações, em que Portugal não foi excepção, a construção das barragens implicaram o desaparecimento de propriedades agrícolas e de aldeias inteiras, acrescentando aos custos ecológicos, custos sociais e económicos.
ENERGIA DA BIOMASSA
A energia proveniente da biomassa é uma das fontes mais antigas de energias renováveis usadas pelo ser humano, sendo ainda muito comum nos países em desenvolvimento. Cerca de 80% da oferta mundial de energias renováveis deriva do aproveitamento de biomassa, seja ela sob a forma de queima de lenha, resíduos vegetais em fogões tradicionais, em lareiras, fogueiras, etc.
Apesar de se tratar de uma fonte renovável de energia o uso de biomassa tradicional, traz consigo diversos problemas ambientais como a poluição do ar interior, provocando doenças e mortes por inalação de gases tóxicos.
Não obstante, desde há algumas décadas a esta parte, que as novas tecnologias permitem um aproveitamento de biomassa mais limpo e eficiente. Proveniente da matéria orgânica de origem animal e vegetal, incluindo os resíduos e as matérias orgânicas transformadas – resíduos da indústria transformadora de madeira e alimentar, podem ser usados actualmente para produzir electricidade.
Com mais de 2300 horas/ano de insolação na Região Norte, e 3000 horas/ano no Algarve, o nosso país dispõe de uma situação privilegiada para o desenvolvimento deste tipo de energia que está ainda muito por explorar. Apesar de Portugal ter um clima parecido com o grego, existem apenas 225 mil metros quadrados de energia solar térmica, enquanto a Grécia tem 2,8 milhões de metros quadrados.
Já é comum verem-se pequenos painéis fotovoltaicos, por exemplo, em parquímetros e nos telefones SOS das auto-estradas mas a expressão da conversão deste recurso em energia eléctrica ainda é muito ténue, quer no nosso país quer a nível mundial.
ENERGIA EÓLICA
Há muito tempo que a energia do vento é aproveitada pelo ser humano. A diferença é que em vez dessa força ser transformada em trabalho (moinhos de vento), a aposta nos nossos dias vai para a produção de electricidade. Nos últimos anos, a melhoria tecnológica que se tem verificado e a proliferação dos parques eólicos tem levado mesmo a um crescimento exponencial da produção de electricidade a partir desta energia ecológica. Este é mesmo o tipo de energia que mais está a crescer, com uma média de 52% de aumento ao ano, entre 1971 e 2000.
O aumento tem-se dado, sobretudo na Europa, onde se encontra 74% do total da capacidade dos parques eólicos de todo o mundo. Segundo a Associação Europeia de Energia Eólica, cerca de 2% da electricidade consumida na Europa provém parques eólicos. A seguir encontra-se a América do Norte com 16% da produção mundial, depois a Ásia (7%) e o resto do Mundo com 3% dos parques eólicos.
A velocidade do vento é muito importante para determinar a energia que pode produzir com o gerador de electricidade - aerogerador. No entanto, tem havido um desenvolvimento nestes equipamentos de forma a conseguirem aproveitar velocidades baixas do vento para produzir electricidade, aumentando assim a sua capacidade de produção. Estes sistemas são desenhados para normalmente terem um período de vida de cerca de 20 anos.
- O primeiro parque eólico foi criado em 1988 nos Açores, mas actualmente a distribuição destas centrais abrange quase todo o território nacional com aproximadamente 150 MW de potência instalada até 2001.
O impacte paisagístico é um dos factores de conflito que muitas vezes estão associados a projectos de construção de parques eólicos. A projecção de parques em áreas protegidas como em zonas classificadas como Reserva Ecológica Nacional (REN) são outro factor desvantajoso a ter em conta, quer pelo impacto causado pela abertura de caminhos e perturbação de zonas sensíveis, quer pelo ruído da hélice do aerogerador (embora seja cada vez menor com o avanço da tecnologia), ou pela possibilidade das aves serem apanhadas pelas pás do equipamento. Daí a obrigação de se realizar de uma avaliação de impacte ambiental (AIA) e de se produzir à minimização dos respectivos impactes aos projectos que se queiram implantar em zonas ecologicamente sensíveis e protegidas.
ENERGIA HÍDRICA
As instalações hidroeléctricas, vulgo barragens são das infrastruturas de energias renováveis que mais energia produzem, correspondendo a 17% da electricidade de todo o mundo, situando-se à frente das centrais nucleares e ligeiramente atrás das centrais térmicas a gás natural.
Em anos chuvosos, a situação em Portugal também privilegia a energia hídrica, cobrindo um terço de toda a energia consumida.
Distinguem-se dois tipos de aproveitamento, dependendo da dimensão:
- Mini-hídricas: são instalações hidroeléctricas de pequenas dimensões com potências instaladas inferiores a 10 MW. Neste tipo de empreendimentos utiliza-se o desnível natural do curso de água para a instalação de uma pequena turbina. Note-se que este tipo de aproveitamento pode requerer o desvio de uma parte do caudal do rio durante uma determinada extensão.
- Grande aproveitamento: apresentam uma capacidade superior a 10 MW, sendo normalmente divididos em dois tipos consoante existe ou não capacidade de armazenamento dos caudais afluentes: centrais de albufeira, nas quais existe capacidade de armazenamento e centrais a fio de água, onde praticamente não existe essa capacidade, isto é, o caudal afluente são igual ao caudal turbinado e descarregado.
O potencial de aproveitamento de energia mini-hídrica está distribuído por todo o território nacional, com maior concentração no Norte e Centro do país.
Apesar de ser uma fonte de energia em que a sua produção não leva à emissão de poluentes atmosféricos, a energia hídrica acarreta outros impactes ambientais e sociais que fazem dela uma solução pouco interessante em termos de desenvolvimento sustentável. Entre esses impactes destaca-se as alterações que as barragens provocam nos leitos dos rios, quer em termos de poluição mais facilmente acumulável numa água parada, quer em termos de obstáculo físico à passagem dos peixes, nomeadamente daqueles que sobem o rio para a desova (ex. sável e truta). Além disso, um rio com uma barragem retém mais facilmente sedimentos, aumentando os problemas de erosão a jusante. Em muitas situações, em que Portugal não foi excepção, a construção das barragens implicaram o desaparecimento de propriedades agrícolas e de aldeias inteiras, acrescentando aos custos ecológicos, custos sociais e económicos.
ENERGIA DA BIOMASSA
A energia proveniente da biomassa é uma das fontes mais antigas de energias renováveis usadas pelo ser humano, sendo ainda muito comum nos países em desenvolvimento. Cerca de 80% da oferta mundial de energias renováveis deriva do aproveitamento de biomassa, seja ela sob a forma de queima de lenha, resíduos vegetais em fogões tradicionais, em lareiras, fogueiras, etc.
Apesar de se tratar de uma fonte renovável de energia o uso de biomassa tradicional, traz consigo diversos problemas ambientais como a poluição do ar interior, provocando doenças e mortes por inalação de gases tóxicos.
Não obstante, desde há algumas décadas a esta parte, que as novas tecnologias permitem um aproveitamento de biomassa mais limpo e eficiente. Proveniente da matéria orgânica de origem animal e vegetal, incluindo os resíduos e as matérias orgânicas transformadas – resíduos da indústria transformadora de madeira e alimentar, podem ser usados actualmente para produzir electricidade.
Assim, através de diferentes tecnologias de conversão, é possível obter biocombustíveis sólidos, líquidos e gasosos que, por sua vez, podem gerar energia térmica, mecânica e eléctrica como se observa na tabela seguinte (Fonte: Portal das Energias Renováveis):
Relativamente aos biocombustíveis sólidos, é cada vez mais aceite que a biomassa florestal, através das diferentes tecnologias de conversão, pode ser transformada em energia térmica e eléctrica, trazendo importantes benefícios sociais, económicos e ambientais.
É um facto que a presença de matos e de outros resíduos da exploração florestal nas matas e povoamentos nacionais contribuem para o elevado número de incêndios que, anualmente, consomem mais de 100 mil hectares.
De entre os tipos de biomassa florestal com um interesse de exploração considerável incluem-se os resíduos da vinha, indústria do vinho, podas de olivais e árvores de frutos, do bagaço da azeitona, entre outros.
Relativamente ao biogás, esta fonte energética resulta da digestão anaeróbia – na ausência e oxigénio livre – da matéria orgânica depositada nos aterros sanitários ou contida nos efluentes agro-pecuários, agro-industriais e urbanos, dentro de determinados limites de temperatura, humidade e acidez. O biogás pode ser usado na geração de energia mecânica (nos motores de combustão interna), energia eléctrica (nas centrais a biogás) e energia térmica (sem sistemas de queima directa – aquecimento ambiente, águas quentes sanitárias, fogões e incineradores). Adicionalmente, o biogás pode ser utilizado como combustível nas centrais de cogeração.
Actualmente, em Portugal, existe cerca de uma centena de sistemas de produção de biogás, na sua maior parte proveniente do tratamento de efluentes agro-pecuários (cerca de 85%) e destas cerca de 85% são suiniculturas. O biogás representa actualmente cerca de 3% do consumo energético nacional, existindo ainda um potencial muito maior por explorar.
No caso do biodiesel, trata-se de um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos. Pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo várias espécies que podem ser utilizadas, tais como girassol, beterraba ou cana-de-açúcar.
O biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo de camiões, tractores, automóveis e de equipamentos como geradores de electricidade, calor, etc. Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções.
Energia geotérmica
À frente da energia eólica e da solar, a energia geotérmica tem tido muitos adeptos em todo o mundo entre as energias consideradas “novas renováveis”.
Designa-se energia geotérmica ao calor proveniente do interior da crosta terrestre. Existe porque a temperatura do planeta varia em profundidade – em cada 100 metros de profundidade a temperatura aumenta 3ºC – e manifesta-se naturalmente à superfície na forma de rochas quentes, de vapor (fumarolas) e de água quente (geisers) como nos Açores, mas pode ser explorada a partir do interior do solo através de furos (bombas de calor).
Energia dos Oceanos
Os oceanos constituem um potencial de geração de electricidade sob várias formas. A energia que aos poucos está a ser aproveitada e rentabilizada pelas novas tecnologias vem, por um lado, das ondas e, por outro, da força das marés.
No caso das ondas o aproveitamento da energia é feito através dessas ondas que ao subirem e descerem movimentam a água que se encontra numa câmara fechada. Nessa câmara o ar que se comprime e expande acima da água faz mover uma turbina que transforma a energia mecânica em energia eléctrica.
A energia das ondas encontra-se entre as fontes renováveis menos utilizadas a nível global. Não obstante, nos Açores (Ilha do Pico), existe já uma central experimental deste tipo de energia renovável.
Relativamente à energia das marés, a energia mecânica gerada pode ser utilizada em centrais maremotrizes, onde é transformada em energia eléctrica, ou ser utilizada de modo tradicional em moinhos de maré, para moagens de cereais.
Independentemente do tipo de sistema tecnológico, a transformação de energia das marés em energia mecânica ocorre numa turbina e utiliza a diferença de nível da superfície da água entre os dois lados do dique.
Energia do hidrogénio
O hidrogénio, além de ser um elemento químico abundante (fonte considerada inesgotável), permite através de pilhas de combustível produzir electricidade e libertar apenas vapor de água, eliminado a emissão de gases de efeito de estufa na produção de electricidade. A nível dos transportes permite através de motores diferentes suplantar os motores de combustão em eficiência e consumo, sem mencionar o factor "emissões zero".
Em Portugal, é de realçar o projecto de investigação denominado CUTE (Clean Urban Transport for Europe), cujo objectivo é desenvolver e demonstrar um sistema de transporte livre de emissões e com baixo ruído que, incluindo a respectiva infra-estrutura energética, tem um grande potencial para reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Desta forma, será mais viável ir ao encontro dos compromissos do Protocolo de Quioto, melhorar a qualidade de vida em zonas densamente povoadas e conservar os recursos fósseis.
A uma escala piloto e integrados no Projecto CUTE, em 2004, circulavam três autocarros movidos a hidrogénio, uma iniciativa na cidade do Porto, uma das nove cidades participantes.
Nestas questões energéticas também nós, consumidores, podemos passar a produtores investindo em energias renováveis como a solar e a eólica, por exemplo.
A título de exemplo, um aerogerador (energia eólica) pode ser também um bom investimento como complemento a um sistema fotovoltaico, uma vez que o seu bom funcionamento no Inverno e de noite, compensa a pouca energia fornecida pelo fotovoltaico nestas alturas.
Apesar dos ainda elevados custos de investimento, a adesão às energias alternativas permite-nos reduzir a nossa dependência individual dos combustíveis fósseis, reduzir a conta de electricidade e até produzir energia para vender à rede eléctrica nacional. Ou seja, com as energias alternativas em casa:
- pode-se apenas consumir a electricidade que produz, armazenando ou não a electricidade excedente que possa ser produzido em determinadas alturas;
- pode-se consumir electricidade, e vender o excedente à rede eléctrica;
- pode-se vender toda a electricidade que produz à rede eléctrica, consumindo toda a electricidade que produzir da rede de distribuição.
Relativamente aos biocombustíveis sólidos, é cada vez mais aceite que a biomassa florestal, através das diferentes tecnologias de conversão, pode ser transformada em energia térmica e eléctrica, trazendo importantes benefícios sociais, económicos e ambientais.
É um facto que a presença de matos e de outros resíduos da exploração florestal nas matas e povoamentos nacionais contribuem para o elevado número de incêndios que, anualmente, consomem mais de 100 mil hectares.
De entre os tipos de biomassa florestal com um interesse de exploração considerável incluem-se os resíduos da vinha, indústria do vinho, podas de olivais e árvores de frutos, do bagaço da azeitona, entre outros.
Relativamente ao biogás, esta fonte energética resulta da digestão anaeróbia – na ausência e oxigénio livre – da matéria orgânica depositada nos aterros sanitários ou contida nos efluentes agro-pecuários, agro-industriais e urbanos, dentro de determinados limites de temperatura, humidade e acidez. O biogás pode ser usado na geração de energia mecânica (nos motores de combustão interna), energia eléctrica (nas centrais a biogás) e energia térmica (sem sistemas de queima directa – aquecimento ambiente, águas quentes sanitárias, fogões e incineradores). Adicionalmente, o biogás pode ser utilizado como combustível nas centrais de cogeração.
Actualmente, em Portugal, existe cerca de uma centena de sistemas de produção de biogás, na sua maior parte proveniente do tratamento de efluentes agro-pecuários (cerca de 85%) e destas cerca de 85% são suiniculturas. O biogás representa actualmente cerca de 3% do consumo energético nacional, existindo ainda um potencial muito maior por explorar.
No caso do biodiesel, trata-se de um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos. Pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo várias espécies que podem ser utilizadas, tais como girassol, beterraba ou cana-de-açúcar.
O biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo de camiões, tractores, automóveis e de equipamentos como geradores de electricidade, calor, etc. Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções.
Energia geotérmica
À frente da energia eólica e da solar, a energia geotérmica tem tido muitos adeptos em todo o mundo entre as energias consideradas “novas renováveis”.
Designa-se energia geotérmica ao calor proveniente do interior da crosta terrestre. Existe porque a temperatura do planeta varia em profundidade – em cada 100 metros de profundidade a temperatura aumenta 3ºC – e manifesta-se naturalmente à superfície na forma de rochas quentes, de vapor (fumarolas) e de água quente (geisers) como nos Açores, mas pode ser explorada a partir do interior do solo através de furos (bombas de calor).
Energia dos Oceanos
Os oceanos constituem um potencial de geração de electricidade sob várias formas. A energia que aos poucos está a ser aproveitada e rentabilizada pelas novas tecnologias vem, por um lado, das ondas e, por outro, da força das marés.
No caso das ondas o aproveitamento da energia é feito através dessas ondas que ao subirem e descerem movimentam a água que se encontra numa câmara fechada. Nessa câmara o ar que se comprime e expande acima da água faz mover uma turbina que transforma a energia mecânica em energia eléctrica.
A energia das ondas encontra-se entre as fontes renováveis menos utilizadas a nível global. Não obstante, nos Açores (Ilha do Pico), existe já uma central experimental deste tipo de energia renovável.
Relativamente à energia das marés, a energia mecânica gerada pode ser utilizada em centrais maremotrizes, onde é transformada em energia eléctrica, ou ser utilizada de modo tradicional em moinhos de maré, para moagens de cereais.
Independentemente do tipo de sistema tecnológico, a transformação de energia das marés em energia mecânica ocorre numa turbina e utiliza a diferença de nível da superfície da água entre os dois lados do dique.
Energia do hidrogénio
O hidrogénio, além de ser um elemento químico abundante (fonte considerada inesgotável), permite através de pilhas de combustível produzir electricidade e libertar apenas vapor de água, eliminado a emissão de gases de efeito de estufa na produção de electricidade. A nível dos transportes permite através de motores diferentes suplantar os motores de combustão em eficiência e consumo, sem mencionar o factor "emissões zero".
Em Portugal, é de realçar o projecto de investigação denominado CUTE (Clean Urban Transport for Europe), cujo objectivo é desenvolver e demonstrar um sistema de transporte livre de emissões e com baixo ruído que, incluindo a respectiva infra-estrutura energética, tem um grande potencial para reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Desta forma, será mais viável ir ao encontro dos compromissos do Protocolo de Quioto, melhorar a qualidade de vida em zonas densamente povoadas e conservar os recursos fósseis.
A uma escala piloto e integrados no Projecto CUTE, em 2004, circulavam três autocarros movidos a hidrogénio, uma iniciativa na cidade do Porto, uma das nove cidades participantes.
Nestas questões energéticas também nós, consumidores, podemos passar a produtores investindo em energias renováveis como a solar e a eólica, por exemplo.
A título de exemplo, um aerogerador (energia eólica) pode ser também um bom investimento como complemento a um sistema fotovoltaico, uma vez que o seu bom funcionamento no Inverno e de noite, compensa a pouca energia fornecida pelo fotovoltaico nestas alturas.
Apesar dos ainda elevados custos de investimento, a adesão às energias alternativas permite-nos reduzir a nossa dependência individual dos combustíveis fósseis, reduzir a conta de electricidade e até produzir energia para vender à rede eléctrica nacional. Ou seja, com as energias alternativas em casa:
- pode-se apenas consumir a electricidade que produz, armazenando ou não a electricidade excedente que possa ser produzido em determinadas alturas;
- pode-se consumir electricidade, e vender o excedente à rede eléctrica;
- pode-se vender toda a electricidade que produz à rede eléctrica, consumindo toda a electricidade que produzir da rede de distribuição.
Feito por BuN! (Buni)
BjinhO'
mt bom
ResponderEliminar